terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você se interessa pela mudança?


Todos os dias vemos noticias bombásticas na TV, em jornais e até através de uma conversa durante o almoço ou no fim da tarde.
Corrupção, assassinatos, abusos e roubos fazem parte das nossas noticias do dia a dia. Não só aqui como também ficamos sabendo dos mesmos tipos de noticias no exterior.
Eu gosto de acreditar que existem muitas pessoas que devem ver esse tipo de noticia e não achar normal e que tenham algum interesse em ver as coisas ao nosso redor mudarem.E dá pra cada um de nós ajudarmos de alguma forma.
 Jogando a utopia pra escanteio de "Vamos fazer um mundo melhor", dá sim pra gente contribuir para alguma mudança.


Existem dois sites (que eu conheço) de mobilização online - Avaaz e Change.org

"A Avaaz mobiliza milhões de pessoas de todo tipo para agirem em causas internacionais urgentes, desde pobreza global até os conflitos no Oriente Médio e mudanças climáticas. O nosso modelo de mobilização online permite que milhares de ações indivíduas  apesar de pequenas, possam ser combinadas em uma poderosa força coletiva"

Não só em causas internacionais; recentemente foi criada uma petição para o Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros.

E o Change.org - A plataforma de abaixo-assinados do mundo todo.

No Avaaz e no Change você mesmo(a) pode criar um abaixo-assinado.

Então... O que você vai mudar?


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pra Que Dizer Não?


Assim fica mais fácil, não?


É difícil contradizer alguém quando se é defensor da política de boa vizinhança. Há pessoas que levam isso tão a sério que preferem optar por ver qualquer situação, por pior que seja, por um lado positivo a ter que contradizer . São as mesmas pessoas que defendem que um assalto na rua de casa é bom porque nos deixa mais espertos, ou que quebrar a perna é bom porque nos deixa mais cautelosos. Ou que correr riscos na madrugada, ao caminhar pela cidade de São Paulo quando a maioria está dormindo, é bom porque te deixa mais corajoso. Não que esses sejam pensamentos errados, até porque um pouco de positividade sempre é bom, senão tanta negatividade só te deixa em casa e o faz não querer fazer nada.

Entretanto, há casos em que a negatividade se faz necessária, senão o Sr. Positivo acaba sendo tachado de idiota.

E, convenhamos, ninguém quer ser tachado de idiota, mesmo que isso ponha à prova algumas amizades. Mas quem nunca preferiu assentir com a cabeça ao invés de expressar com a boca o que pensava de verdade? Quem nunca fez isso porque temeu perder uma amizade ou magoar alguém? No mínimo, esse é o pensamento de alguém que se importa mais com os outros do que consigo próprio.

Não vou mentir e dizer que às vezes eu mesmo não faço isso, engolir um sapo só para não parecer grosseiro. Achamos que é melhor assim, porque antes manter a "calmaria" do que sustentar um princípio de discussão, não é mesmo? Pena que isso seja tão errado.

Não se fazer ouvido é o pior erro que algumas pessoas podem cometer, por medo de enfrentar conflito. Por exemplo, evitar chamar o gerente porque veio um fio de cabelo lindo e louro no meio da sua salada, só para não chamar um pouco de atenção, isso sim é ser idiota. Enquanto você come folhas de alface e engole fios de cabelo dizendo que aquele prato é saboroso, há pessoas rindo às suas custas. Muito melhor "chamar o gerente" e expressar sua perturbação, antes que se torne a personificação de uma piada, não?

Até porque, para alguém que gosta de si próprio, a filosofia do "Eu sou a pessoa mais importante para mim mesma" jamais deixa de ser seguida. Fazer o gosto alheio só para evitar um conflito é a pior babaquice a que alguém pode se submeter. É a pior traição que alguém pode fazer a si próprio.

Amizades podem acabar se você deixa de dizer algo porque não quer contrariar? É claro que podem. As falsas amizades, é claro, aquelas das quais você não precisa sentir falta nenhuma. Verdadeiras amizades não deixam de existir só porque alguma das partes negou algo.

A política da boa vizinhança pode até fazer sentido, desde que ela não prejudique ninguém. Se alguém é prejudicado, é bom que algo seja consertado, senão a vizinhança só é boa para algumas das partes, e não para todas, o que é, de longe, a coisa mais injusta que existe.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Revenge - Recomendo


"Infinity times Infinity"

Na primeira vez que eu ouvi falar de Revenge foi muito rápido mas guardei na memória, foi alguma reclamação do hiatos da série.
Como estamos na época de hiatos em praticamente todas as séries (incluindo as séries que eu curto) e a primeira temporada de Revenge completa tava lá discretamente no seu canto e disponível... Why Not?
Então antes de começar a assistir o piloto de Revenge eu acessei o site de séries e filmes de costume para procurar resenhas sobre a série; sim, eu não resisto a uma resenha...  E sim, tinha resenhas de Revenge; bom sinal.
 O Piloto da série já começou com clima de conspiração, gostei, e a cada momento ficava mais interessante.
 Enquanto eu estava me divertindo com as tensões da 1ª temporada, a Sony passava o comercial da chamada da 2ª temporada de Revenge e no comercial eles fizeram uma comparação com nada mais nada menos que Avenida Brasil, sim a novela do OI OI OI... Eu nunca assisti essa novela mas como eu sou adepta do uso de rede sociais como qualquer ser humano normal  com acesso a internet, eu meio que acompanhava involuntariamente com tantos posts, comentários e compartilhamentos que as pessoas faziam durante essa novela.


 Nota-se que pela repercussão devia ser boa e cheia de reviravoltas, pelo que eu sei a protagonista Nina com sua nova identidade volta após anos para se vingar de quem arruinou sua vida e de seu pai que faleceu e ela também tenta reviver uma paixão do passado certo?!

Bom eu também acabei de descrever a historia de Revenge.

É claro que historias de vinganças e novas identidades não são lá muito originais, mas até fugir do cliché se tornou o novo cliché então acho que devemos levar mais em conta como a historia é contada.

Tirando alguns pequenos exageros a la novela mexicana mas nada que comprometa a qualidade, Revenge é uma série muito boa. Recomendo.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Quando A Amizade Esfria

Amizade é uma coisa muito legal e, quanto mais duradoura, melhor. Não vou mencionar quantidade, porque então eu estaria tratando de um assunto um tanto suspeito, já conheço pessoas que são felizes com um ou dois amigos enquanto outras defendem que a felicidade está em ter, pelo menos, cem ou duzentos. Cada um acredita e vive o que quer. Então vamos nos ater à longevidade.
Estava eu assistindo a um episódio de Will & Grace outro dia – série de comédia no estilo sitcom que trata da vida de Will e Grace, um cara gay que mora com a melhor amiga - e me deparei com uma cena que me espantou um pouco. Entenda que, se me espantou, é porque eu entendi o que ela quis dizer e, portanto, reagi àquilo. Se o que dizem é verdade, que a ficção imita a realidade, então a minha reação foi natural. Ainda mais por já ter vivido algo parecido.
Depois de cinco temporadas, Grace finalmente vai se casar e deixar Will, depois de muito tempo que eles moram juntos. Claro que isso é uma quebra de rotina daquelas, ainda mais para Will, que vai perder uma amiga e agora aprender a morar sozinho (não foi com essa parte que eu me identifiquei). Então, alguns episódios depois, quando Grace e Will estão sem se falar há muito tempo e o marido dela está viajando, o que permite que ela quebre sua nova rotina para poder ver um amigo, eles voltam a se ver e têm todo o tempo para isso. Will inclusive prepara todo o cenário para que eles façam o que já estavam acostumados a fazer, como assistir a um filme, comer queijo e provar vinho, se não me engano. Como sempre fazia, Grace toma o sofá e joga as pernas sobre as de Will, dizendo que o filme pode ficar para outra hora e que eles deviam conversar, pôr as fofocas em dia. Will concorda.
Mas nenhum diálogo surge.
E é esse justamente o ponto do episódio e do meu post. Will e Grace perceberam naquele instante que, depois de tanto tempo, não tinham mais intimidade nenhuma com o amigo que consideravam BFF. Eles não sabem mais conversar e, pior, não sabem se portar na presença do outro, quando estão sozinhos. Se há como piorar ainda mais, eles dizem que são melhores amigos, e eu duvido que não sejam.
E quem nunca passou por isso?
Crescemos tendo amigos que consideramos melhores amigos de sempre. Tornamo-nos adolescentes, eles continuam ao nosso lado. Tornamo-nos adultos, eles ainda continuam lá, mas muitas vezes através de mensagens de celular, do Facebook e dos encontros que acontecem vez e nunca. Faz parte. A distância, afinal, faz com que toda a história que um par ou um grupo de amigos teve durante vários anos seguidos de repente não signifique nada, o que causa a frieza num encontro simples. Quem nunca passou por isso?
Afirmar que alguém é o seu melhor amigo e de repente não se sentir à vontade na companhia dele. Por que isso acontece? Porque não temos o que falar? Talvez. E por que não temos o que falar? Porque fizemos novos amigos e deparamos pensando que nossas novidades são bem mais interessantes para eles do que para os antigos amigos? Talvez.
O que se percebe, então, é que, por mais que desejemos que as amizades sejam duradouras e que aquele sentimento de companheirismo perdure por muitos e muitos anos, temos que engolir que as coisas não são assim na maioria dos casos. Conhecer novas pessoas faz com que dividamos nossas atenções em menores quantidades. Namorar ou casar, então, é um ótimo pretexto para que algum tipo de intimidade entre amigos se vá, porque a intimidade do novo compromissado deve ser destinada a outra coisa/pessoa. Não podemos ser hipócritas e afirmar que, quando conhecemos novas pessoas, as antigas, por mais que continuem lá, não perdem um pouco da importância.
Não que isso seja uma coisa ruim. Novas rotinas exigem mudanças de pensamentos e de atitudes. Essas mudanças fazem com que antigas amizades se tornem novas coisas. Estou dizendo que devemos deixar os antigos amigos, então? Claro que não. Temos que nos adaptar. Ou pelo menos adaptar a amizade. Se mudamos, não vamos conseguir levar uma conversa de maneira natural se agirmos como antes. Não somos mais aquele. Soaremos falsos e nosso sorriso vai ser tão amarelo que a conversa não vai ser prazerosa.
O que muito certamente vai fazer com que os encontros entre antigos amigos aconteçam com menor frequência ainda.
Há como não deixar que isso aconteça, mas esse é um sacrifício que poucos estão dispostos a fazer. É só aparecer mais.
Porque melhor do que fazer novos amigos é manter os que já temos e lembrar histórias antigas enquanto criamos novas com aqueles que nos ajudaram a ser o que somos. Não há como discordar disso.
E a série é muito legal, viu? Realmente aconselho.