sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Povo Não Sabe Votar





 Votou em alguém por receber algo em troca?
Votou naquele famosinho porque acha ele carismático?
Votou no Tiririca porque acha que pior não fica?

Infelizmente a (falta de) cultura brasileira é assim, já sabemos, ninguém leva politica a sério aqui.
Mas Por que? Porque deveríamos nos preocupar com uma coisa tão chata? Os reality shows, novelas e jogos de futebol são muito mais interessantes.
 Uma vez numa aula da faculdade, o meu professor conversou com a gente sobre o voto, a matéria não tinha nada a ver com o assunto mas enfim, ele comentou sobre pontuação dos votos e eu achei sensacional, é uma coisa aplicável para nossa sociedade e necessária.
Funcionaria da seguinte maneira; dependendo do grau de instrução do cidadão o voto dele equivaleria a uma determinada quantidade de pontos, outra solução seria a habilitação eleitoral, eu ouvi isso recentemente e também achei genial; as pessoas não seriam mais obrigadas a votar e para exercer o voto teria que possuir uma habilitação para isso. Eu duvido muito que com um sistema assim ainda teríamos como candidatos subcelebridades e candidatos sem ficha limpa. Eles poderiam até se candidatar mas iriam parar com o tempo.
Elitista? Não é democrático?
Em primeiro lugar, sim pode parecer elitista mas não de um modo perigoso, perigoso é como as coisas estão agora; não parece justo uma pessoa estudar a vida inteira e conseguir uma posição na vida e ter seu voto computado com o mesmo valor de uma pessoa que nem terminou o ensino médio. 
Aí você pensa " Ah mas cadê a democracia, a igualdade?"
Em segundo lugar, onde está a democracia em um país onde você tem o direito e ao mesmo tempo a obrigação de votar?
Igualdade?

"Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade."
Aristóteles

Esse sistema levemente utópico é (infelizmente) só uma ideia. O que podemos e devemos fazer é saber muito bem em quem votamos ou melhor em quem não votar.

O voto é uma arma, use a seu favor e não contra você.




E Há Quem Defenda o Plágio!

Aceita um palito para apanhar seu kibe, senhor?

Ah, as obras intelectuais! Já vi reality shows menos polêmicos do que esse assunto.

Aconteceu que, nessa semana, uma página do facebook em especial foi a principal responsável por praticamente todo o barulho que foi feito na internet - coisa que muito provavelmente não atingiu e nem vai atingir o mundo real de ninguém, além dos envolvidos. Primeiro, ela explode com todas as suas imagens de diálogos ditos sarcásticos e suas milhares de curtidas e compartilhamentos, porque as pessoas, que odiariam receber uma resposta grosseira como a que a Gina fictícia da página concede em conversas também fictícias, riem disso como se fosse algo inteligente. Não vou julgar quem compartilha as imagens ou quem gosta disso, porque os conceitos de certo e errado sempre serão relativos de pessoa para pessoa.

Já não bastasse isso, o criador da página, piblicitário, 19 anos, nome Ricck Lopes, virou celebridade e já apareceu em uma pancada de programas de televisão que eu não assisti e que, portanto, não faço ideia do que ele disse neles. Essa informação, no caso, vai servir apenas de embasamento para o fato de que, de um momento pro outro, o rapaz ganhou fãs.

Ganhou fãs por ser dono de uma página famosa do facebook. Não acho que o fato de ele compartilhar fotos de si próprio fazendo carão e pedindo comentários sobre sua beleza tem alguma ver com isso, né?

Devia estar tudo lindo e belo quando, de repente, descobre-se que nenhuma das piadas que Gina diz em suas conversas fictícias foi criada por quem criou a página. Quando piadas são de domínio público e ditas a esmo, como assunto de uma conversa ou para fins de diversão alheia, isso não é um problema. Contamos piadas diariamente. O problema foi que, ao pegar a "história engraçada" de alguém para sustentar sua página, ele fez dinheiro com isso.

E, é claro, sem conceder nenhum crédito ao poeta da piada tão compartilhada. E, pelo que parece, isso foi feito milhares de outras vezes, segundo uma outra página.

Foi então que as opiniões sobre a página se dividiram. Afinal, o mundo é dos espertos e Ricck Lopes está mais do que certo em pegar piadas alheias para angariar uma verba com elas ou somos invejosos por achar isso errado?

Há quem defenda o plágio.

Claro que são os teenagers ~fanzaços~ do rapaz que o defendem com unhas e dentes e utilizando de diversas argumentações que compreendem apenas em dizer que nós, que não aceitamos esse tipo de plágio, somos recalcados e invejosos. Querer que um trabalho seja devidamente creditado, no caso, é inveja. Concordamos com isso?

Eu não concordo.

Isso só comprova que ainda há quem defenda atitudes tolas e por nenhum motivo aparente. A página da Gina Grosseira continuará ganhando compartilhamentos e as pessoas que tiveram suas obras intelectuais kibadas continuarão lesadas. O rapaz continua com sua fama construída nas costas dos outros e mais de um milhão de pessoas continuarão achando isso e o rapaz lindos.

É tudo tão errado que chega a ser hilário. E o pior, ainda há quem diga que "o mundo é dos espertos" e que ele está certo.

Pois então não deixe que alguém seja o esperto sobre você, meu jovem, senão sentirá na própria pele o que é a Ira do Plágio, coisa que muita gente por aí tem sentido por conta dessa Gina Indelicada.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Amamos Ser Ignorantes!



Das duas, uma: ou o ser humano em geral é um ser que só se importa com algo quando quer ou estamos falando apenas de brasileiros.

Exemplos de exemplos errados de relações entre iguais dessa mesma espécie são inúmeros! Vejam só, vivemos em diversos lugares que compartilhamos com várias outras pessoas e ainda assim aprendemos e ensinamos que devemos tratar o outro como nada de mais. Como um lixo. Claro que essa comparação parece exagerada, mas não é, já que até o lixo devia ter tratamento especial em um mundo habitado por seres com consciência.

Aliás, o lixo é um exemplo do que quero ilustrar, e outro dia mesmo eu me espantei com algo que vi. Quer dizer, como não se espantar com uma pessoa que se dá ao trabalho de apanhar um papel de boca de urna de vereador na porta de uma faculdade para simplesmente amassá-lo e jogá-lo ao chão alguns metros à frente? Cheguei a inúmeras conclusões a respeito dessa única cena, mas é inevitável que algumas delas sejam mais notáveis que outras. É preciso ser muito despreocupado com a vida para ignorar o fato de que aquele espaço que você está usando é seu e que sujá-lo é um ato porco. Além do mais, se não vai fazer nada de importante com o papel, por que pegá-lo, então?

O texto talvez tenha chegado num nível onde parece que estou falando de sustentabilidade, mas queria corrigir isso aqui. Não sei se isso funciona em todas as cidades do Brasil, mas, em São Paulo, algo muito curioso acontece nos ônibus, que é a total ignorância por aqueles que estão ao seu lado. É claro que todos nós queremos entrar num ônibus e ter um banco para se sentar e manter-se acomodado, mas ignorar que há pessoas em pé segurando bagagens pesadas ou então que pode haver quem esteja em pior situação que a sua e que precise mais do banco do que você - não estou falando de mim e vocês bem devem saber do que estou falando - me parece horrível.

É como se o ser humano estivesse acostumado com o fato de que ninguém é importante para ele além dele mesmo. É um costume que é bem refletido quando preferimos dormir encostados na janela de um ônibus, sentados, enquanto vemos um idoso passar pela maior provação de resistência da vida , agarrado a um poste a fim de evitar que caia na curva seguinte.

Não há dúvidas de que as pessoas são ignorantes e que até sentem um certo prazer nisso. Ou vai me dizer que o que se sente ao virar o rosto para quem precisa de ajuda não é uma tremenda falta de empatia?

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Stalker








Todo mundo que é usuário de rede sociais faz o famoso "stalk", sim você faz ou pelo menos já fez, normal, tudo bem.
O ser humano é curioso por natureza, nada mais comum do que querer saciar a sua curiosidade...Entretanto, há um limite entre a curiosidade e a obsessão.
Cada vez mais as redes sociais pedem dados nada básicos sobre o usuário, é interessante compartilhar informações e ver que há pessoas com interesses em comum e que frequentam os mesmos lugares; ao mesmo tempo é arriscado expor tantas informações sobre você.
Será que é necessário colocar o endereço da academia que você frequenta? a sua instituição de ensino? ou até mesmo o local detalhado onde você trabalha?
Há tantos malucos por aí... Não vamos facilitar a vida deles né.







terça-feira, 28 de agosto de 2012

Rock of Ages (Crítica)

~Divirta-se!


Antes de começar a crítica, vou ressaltar aqui alguns pontos que li em outras críticas de outros blogs sobre o mesmo filme. Por exemplo, houve quem dissesse que Rock of Ages nada mais é do que um filme pop e sem embasamento nenhum. Um filme regular. Houve, também, quem dissesse que é um filme recheado de rock farofa, divertido e apenas isso. Ainda houve quem dissesse que é um filme muito mais do que divertido e que vai fazer muita gente das antigas sentir nostalgia com o que assistir.

Eu tenho plena consciência de que musicais ainda são um tabu, por mais que a premissa de uma obra desse tipo nunca tenha sido atingir a expectativa de um grupo de "cinéfilos" que simplesmente não sabem compreender que musicais são apenas musicais e que o modo como são escritos é completamente diferente de um épico como Os Vingadores, por exemplo. É o tipo de filme que exige que você vá ao cinema de mente aberta e pronto para se divertir durante uma ou duas horas e apenas isso.

Isso quer dizer que Rock of Ages não tem história nenhuma e que é tão superficial assim que não soma em nada na nossa vida? Não. Quer dizer, é claro que vai somar alguma coisa na sua vida, mas depende do que você procura.

Rock of Ages tem como diretor Adam Shankman que já fez um excelente trabalho com Hairspray anteriormente. É notável que ele sabe trabalhar com musicais para o cinema e que muito provavelmente se empolga com esse tipo de projeto - antes de mais nada, é preciso se divertir com um trabalho para que o público se divirta também, não é mesmo? E é isso o que vemos lá.

Temos a história de Sherrie (Julianne Hough) que vai à Los Angeles em busca de fama e sucesso como cantora, mas o filme logo no começo já mostra que esse não é um sonho exclusivo dela e que ela é só mais uma em um imenso mar de gente que quer fazer sucesso com sua voz e música. Ela vai acidentalmente trabalhar num bar junto com Drew (Diego Boneta - sim, o rapaz do Rebeldes mexicano) que tem sonho de ser um roqueiro famoso, mas ainda está em busca da música perfeita. Com estes, já temos o romance garantido do filme, que é bom por si só, mas não o único caminho em que a história segue.

Além destes, somos apresentados aos Dennis (Alec Baldwin) e Lonny (Russell Brand), donos de um bar que lançou muitas outras bandas de rock de sucesso, onde Sherrie e Drew trabalham. Os dois sozinhos já são bem engraçados e protagonizam cenas surpreendentemente hilárias durante o longa. Aliás, aqui eu gostaria de fazer um elogio ao Brand por sua atuação, porque, até então, o que eu conhecia dele foi apresentado no Video Music Awards, e minha impressão não era lá das melhores. Você ganhou meu respeito com esse filme, rapaz!

E então podemos falar de Tom Cruise e seu Stacee Jaxx, roqueiro que está prestes a deixar uma banda de sucesso para lançar-se em carreira solo, que não só tem parte importante na comédia do filme com suas atuações e interações com seu macaco, o Heyman, como também tem sua parte de drama que é muito bem trabalhada com a ajuda de Constance (Malin Akerman), que começa como uma jornalista que admira muito o trabalho do Jaxx, mas que, mais do que isso, acaba dizendo verdades que finalmente fazem ele repensar sua vida. O casal tem uma sincronia incrível.

E é claro que eu não poderia deixar de mencionar Catherine Zeta-Jones e sua Patricia, revolucionária que defende que o bar cenário do filme seja fechado e que o Rock 'n Roll deixe de existir, acusando Stacee Jaxx por ser o principal culpado do mal comportamento do mundo, influenciando a todos com sua música, que faz aqui outro excelente trabalho num musical. E é claro, também, que ela já está familiarizada com a coisa, tanto que percebemos que ela se diverte com tudo aquilo.

Em suma, é um musical tão bem feito que causa arrepios. Música do Rock dos anos 80 são trabalhadas de maneira tão surpreendentemente agradáveis que não tem como não mergulhar no filme e esquecer do mundo  por um tempo. Quer dizer, há como ignorar tudo isso se você entra na sala de cinema já com o pensamento construído de que aquele filme vai ser uma droga, por ser um musical. Temos um final previsível? Temos sim, mas não um desagradável. É o desfecho que uma história simples e recheada de bons momentos merece, um final épico que ainda consegue causar arrepios, por mais que sejam os últimos minutos do filme.

Quanto aos vocais... Bem, é tudo tão bem feito que chego a pensar que ele não poderia ter sido feitos de outro jeito. Se melhorasse talvez estragasse.

É um filme para se divertir à beça com aquela pessoa que você ama, para curtir uma boa história de amor, ou apenas para zoar com os amigos no cinema e ouvir uma série de músicas há muito famosas e suas versões sensacionais. De dez estrelas, eu daria nove. Por quê?

Ora, bem que poderia ter mais uma hora de duração!

domingo, 26 de agosto de 2012

Sangue Quente ou Morno quase esfriando?



No momento em que soube do lançamento desse livro, eu tive duas reações. A primeira foi de surpresa; algo "novo" envolvendo zumbis, sempre fui apaixonada por histórias de zumbis, 
A segunda foi de incredulidade quando tive total conhecimento do tema abordado nesse livro. Um garoto/zumbi que se apaixona por uma humana e quer protege-la... Acho que já vimos isso antes não é?
Ah! Mas era um vampiro, e a mocinha da historia era mais dependente.
 Certo. Se a gente ignorar por um momento a parte clichê romeu e julieta/monstro e humana da história, dá para considerar outros pontos... Ruins.
  • Zumbis falam - Isso me lembra muito filmes de zumbis bem Trash, aqueles que passavam no "Cinema em Casa" do SBT mesmo.
  • Eles seguem regras de um grupo mais velhos de zumbis, chamados de "Ossudos".
  • O protagonista R se maquia para fingir ser um humano.
  • O auge foi o beijo entre os protagonistas da historia que causa um grande impacto no mundo e faz com que os zumbis queiram se converter em humanos novamente.
Sangue Quente foi tão inacreditavelmente ruim que chegou a doer!
Mas serviu pelo menos para novos autores adquirirem mais confiança em seus textos, pois se o autor de Sangue Quente conseguiu publica-lo, não há mais nada a temer.