terça-feira, 28 de agosto de 2012

Rock of Ages (Crítica)

~Divirta-se!


Antes de começar a crítica, vou ressaltar aqui alguns pontos que li em outras críticas de outros blogs sobre o mesmo filme. Por exemplo, houve quem dissesse que Rock of Ages nada mais é do que um filme pop e sem embasamento nenhum. Um filme regular. Houve, também, quem dissesse que é um filme recheado de rock farofa, divertido e apenas isso. Ainda houve quem dissesse que é um filme muito mais do que divertido e que vai fazer muita gente das antigas sentir nostalgia com o que assistir.

Eu tenho plena consciência de que musicais ainda são um tabu, por mais que a premissa de uma obra desse tipo nunca tenha sido atingir a expectativa de um grupo de "cinéfilos" que simplesmente não sabem compreender que musicais são apenas musicais e que o modo como são escritos é completamente diferente de um épico como Os Vingadores, por exemplo. É o tipo de filme que exige que você vá ao cinema de mente aberta e pronto para se divertir durante uma ou duas horas e apenas isso.

Isso quer dizer que Rock of Ages não tem história nenhuma e que é tão superficial assim que não soma em nada na nossa vida? Não. Quer dizer, é claro que vai somar alguma coisa na sua vida, mas depende do que você procura.

Rock of Ages tem como diretor Adam Shankman que já fez um excelente trabalho com Hairspray anteriormente. É notável que ele sabe trabalhar com musicais para o cinema e que muito provavelmente se empolga com esse tipo de projeto - antes de mais nada, é preciso se divertir com um trabalho para que o público se divirta também, não é mesmo? E é isso o que vemos lá.

Temos a história de Sherrie (Julianne Hough) que vai à Los Angeles em busca de fama e sucesso como cantora, mas o filme logo no começo já mostra que esse não é um sonho exclusivo dela e que ela é só mais uma em um imenso mar de gente que quer fazer sucesso com sua voz e música. Ela vai acidentalmente trabalhar num bar junto com Drew (Diego Boneta - sim, o rapaz do Rebeldes mexicano) que tem sonho de ser um roqueiro famoso, mas ainda está em busca da música perfeita. Com estes, já temos o romance garantido do filme, que é bom por si só, mas não o único caminho em que a história segue.

Além destes, somos apresentados aos Dennis (Alec Baldwin) e Lonny (Russell Brand), donos de um bar que lançou muitas outras bandas de rock de sucesso, onde Sherrie e Drew trabalham. Os dois sozinhos já são bem engraçados e protagonizam cenas surpreendentemente hilárias durante o longa. Aliás, aqui eu gostaria de fazer um elogio ao Brand por sua atuação, porque, até então, o que eu conhecia dele foi apresentado no Video Music Awards, e minha impressão não era lá das melhores. Você ganhou meu respeito com esse filme, rapaz!

E então podemos falar de Tom Cruise e seu Stacee Jaxx, roqueiro que está prestes a deixar uma banda de sucesso para lançar-se em carreira solo, que não só tem parte importante na comédia do filme com suas atuações e interações com seu macaco, o Heyman, como também tem sua parte de drama que é muito bem trabalhada com a ajuda de Constance (Malin Akerman), que começa como uma jornalista que admira muito o trabalho do Jaxx, mas que, mais do que isso, acaba dizendo verdades que finalmente fazem ele repensar sua vida. O casal tem uma sincronia incrível.

E é claro que eu não poderia deixar de mencionar Catherine Zeta-Jones e sua Patricia, revolucionária que defende que o bar cenário do filme seja fechado e que o Rock 'n Roll deixe de existir, acusando Stacee Jaxx por ser o principal culpado do mal comportamento do mundo, influenciando a todos com sua música, que faz aqui outro excelente trabalho num musical. E é claro, também, que ela já está familiarizada com a coisa, tanto que percebemos que ela se diverte com tudo aquilo.

Em suma, é um musical tão bem feito que causa arrepios. Música do Rock dos anos 80 são trabalhadas de maneira tão surpreendentemente agradáveis que não tem como não mergulhar no filme e esquecer do mundo  por um tempo. Quer dizer, há como ignorar tudo isso se você entra na sala de cinema já com o pensamento construído de que aquele filme vai ser uma droga, por ser um musical. Temos um final previsível? Temos sim, mas não um desagradável. É o desfecho que uma história simples e recheada de bons momentos merece, um final épico que ainda consegue causar arrepios, por mais que sejam os últimos minutos do filme.

Quanto aos vocais... Bem, é tudo tão bem feito que chego a pensar que ele não poderia ter sido feitos de outro jeito. Se melhorasse talvez estragasse.

É um filme para se divertir à beça com aquela pessoa que você ama, para curtir uma boa história de amor, ou apenas para zoar com os amigos no cinema e ouvir uma série de músicas há muito famosas e suas versões sensacionais. De dez estrelas, eu daria nove. Por quê?

Ora, bem que poderia ter mais uma hora de duração!

Nenhum comentário:

Postar um comentário